quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O Projeto do Auto-Aperfeiçoamento

Aos 26 anos, Benjamin Franklin decidiu atingir a "perfeição moral" e estabeleceu um plano para as treze virtudes que ele considerava essenciais, que eram:

1 - TEMPERANÇA "Não coma demasiadamente; não beba até embriaguez."
2 - SILÊNCIO "Não diga nada além daquilo que beneficie outros ou você mesmo; evite conversas tolas."
3 - ORDEM "Mantenha todas as coisas em seus devidos lugares; faça com que cada parte de seu negócio tenha o seu próprio tempo."
4 - RESOLUÇÃO "Decida realizar aquilo que você quer; realize sem erro o que você resolver."
5 - SOBRIEDADE "Não tenha despesas além daquelas que proporcionarão o bem aos outros ou a você mesmo, isto é, não desperdice nada."
6 - DILIGÊNCIA "Não perca tempo; esteja sempre ocupado com algo útil; elimine todas as tarefas desnecessárias."
7 - SINCERIDADE "Não cometa fraude; pense inocentemente e com justiça; e, se você falar, fale verdadeiramente."
8 - JUSTIÇA "Não erre, prejudicando os outros ou omitindo os benefícios que são de sua obrigação."
9 - MODERAÇÃO "Evite extremismos; não fira os outros, apesar de achar que mereçam."
10 - LIMPEZA "Não tolere sujeira no corpo, roupa ou habitação."
11 - TRANQÜILIDADE "Não fique nervoso por ninharias ou com acidentes comuns e inevitáveis."
12 - MODÉSTIA "Dê vital importância apenas a saúde e o bem-estar; evite a estupidez, fraqueza e as coisas que possam prejudicar você e os outros."
13 - HUMILDADE "Imite Jesus Cristo e Sócrates."

"Como minha intenção era adquirir o hábito de todas essas virtudes, achei que seria bom não distrair minha atenção tentando tudo ao mesmo tempo, mas fixar-me em uma delas de cada vez. Quando tivesse dominado aquela, passaria para outra e assim por diante, até ter passado por todas as treze."

Fonte: Wikipedia

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Leonardo da Vinci

Leonardo da Vinci (1452 - 1519), um erudito italiano, considerado uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento. Embora conhecido principalmente como pintor, também se destacou como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico. É ainda conhecido como o precursor da aviação e da balística. Leonardo frequentemente foi descrito como o arquétipo do homem do Renascimento, alguém cuja curiosidade insaciável era igualada apenas pela sua capacidade de invenção. É considerado um dos maiores pintores de todos os tempos, e como possivelmente a pessoa dotada de talentos mais diversos a ter vivido.

Evidentemente não tive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente, porém através de suas citações presume-se que ele além de ser dotado de extraordinária inteligência também possuía uma respeitável sabedoria.
Eis algumas das citações de Leonardo da Vinci que eu mais gosto:
“A experiência nunca falha, apenas as nossas opiniões falham, ao esperar da experiência aquilo que ela não é capaz de oferecer”.
“A simplicidade é o último grau de sofisticação”.
“Não há coisa que mais nos engane do que o nosso juízo”.
“Que o teu trabalho seja perfeito para que, mesmo depois da tua morte, ele permaneça”.
“A paciência faz contra as ofensas o mesmo que as roupas fazem contra o frio; pois, se vestires mais roupas conforme o inverno aumenta, tal frio não te poderá afetar. De modo semelhante, a paciência deve crescer em relação às grandes ofensas; tais injúrias não poderão afetar a tua mente”.
“Quem não pode o que quer, queira o que pode”.
“Nunca imites ninguém. Que a tua produção seja como um novo fenômeno da natureza”.

Julio C. de Oliveira

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Qualidade (2ª parte)

Outro grande colaborador para a evolução do sistema de Qualidade foi Kaoru Ishikawa (1915 – 1989), um engenheiro de controle de qualidade e teórico da administração das companhias japonesas. Aprendeu os princípios do controle estatístico da qualidade desenvolvido por americanos, traduziu, integrou e expandiu os conceitos de gerenciamento do Dr. William Edwards Deming e do Dr. Joseph Moses Juran para o sistema japonês.
No final dos anos 50 e no início dos anos 60, Ishikawa desenvolveu cursos do controle da qualidade para executivos e gerentes. Igualmente ajudou o lançamento da Conferência Anual do Controle da Qualidade para gerência e diretores em 1963.
Em conjunto com a JUSE (União Japonesa de Cientistas e Engenheiros), em 1962, Ishikawa introduziu o conceito de Círculo de Qualidade. Em 1982, viria o Diagrama de Ishikawa, também conhecido como Diagrama de Causa e Efeito ou Espinha-de-peixe. A melhor contribuição do Diagrama de Ishikawa foi fornecer uma ferramenta poderosa que facilmente pudesse ser usada por não-especialistas para analisar e resolver problemas.
Com seu diagrama de causa e efeito, este líder da gerência fez avanços significativos na melhoria de qualidade. Os diagramas de Ishikawa são úteis como ferramentas sistemáticas para encontrar, classificar e documentar as causas da variação da qualidade na produção e organizar a relação mútua entre eles.

Esse diagrama também é conhecido como 6M pois, em sua estrutura, todos os tipos de problemas podem ser classificados como sendo de seis tipos diferentes:


• Método
• Matéria-prima
• Mão-de-obra
• Máquinas
• Medição
• Meio ambiente
Este sistema permite estruturar hierarquicamente as causas de determinado problema ou oportunidade de melhoria, bem como seus efeitos sobre a qualidade dos produtos. Permite também estruturar qualquer sistema que necessite de resposta de forma gráfica e sintética (melhor visualização).
O diagrama pode evoluir de uma estrutura hierárquica para um diagrama de relações, uma das sete ferramentas do Planejamento da Qualidade ou Sete Ferramentas da Qualidade por ele desenvolvidas, que apresenta uma estrutura mais complexa, não hierárquica.
Ishikawa observou que embora nem todos os problemas pudessem ser resolvidos por essas ferramentas, ao menos 95% poderiam ser, e que qualquer trabalhador fabril poderia efetivamente utilizá-las. Embora algumas dessas ferramentas já fossem conhecidas havia algum tempo, Ishikawa as organizou especificamente para aperfeiçoar o Controle de Qualidade Industrial nos anos 60.
Kaoru Ishikawa quis mudar a maneira das pessoas pensarem a respeito dos processos de qualidade. Para Ishikawa, “a qualidade é uma revolução da própria filosofia administrativa, exigindo uma mudança de mentalidade de todos os integrantes da organização, principalmente da alta cúpula”. Sua noção do controle empresarial da qualidade era voltada ao atendimento pós venda. Isto significa que um cliente continuaria a receber o serviço mesmo depois de receber o produto. Este serviço se estenderia através da companhia em todos os níveis hierárquicos e até mesmo no cotidiano das pessoas envolvidas. De acordo com Ishikawa, a melhoria de qualidade é um processo contínuo, e sempre pode ser aperfeiçoada.
Ishikawa mostrou a importância das sete ferramentas da qualidade:
• Diagrama de Pareto
• Diagrama de causa e efeito
• Histograma
• Folhas de verificação
• Gráficos de dispersão
• Fluxogramas
• Cartas de Controle.
Acreditou na importância da sustentação e da liderança. Outra área da melhoria de qualidade que Ishikawa enfatiza é a qualidade duradora de um produto - não apenas durante a produção. Embora acreditasse fortemente em criar padrões, sentiu que os padrões eram como programas de melhoria contínuos da qualidade: devem constantemente ser avaliados e renovados. Os padrões não são a fonte final de tomada de decisão e sim a satisfação do cliente. Queria que os gerentes encontrassem as necessidades do consumidor, e a partir dessas, tomar decisões. Durante toda sua carreira, Ishikawa trabalhou em assuntos muito práticos, mas sempre dentro de uma estrutura filosófica maior. Em seu sentido mais amplo, o trabalho de Ishikawa foi pretender produzir o que chamou idéias novas da “revolução do pensamento” sobre a qualidade que poderia revitalizar a indústria. A ampla aceitação de muitas idéias de Ishikawa - e das numerosas honras que recebeu em torno do mundo mostra como sua revolução foi bem sucedida.

Referência: Wikipedia