terça-feira, 20 de abril de 2010

Teoria das Restrições

A Teoria das Restrições (TOC - Theory of Constraints) é uma filosofia de negócios introduzida por Eliyahu M. Goldratt no seu livro A Meta, de 1984. Ela é baseada na aplicação de princípios científicos e do raciocínio lógico para guiar organizações humanas.

A TOC é baseada em um conjunto de princípios básicos (axiomas), alguns processos simples (perguntas estratégicas, passos para focalizar, causa-efeito), ferramentas lógicas (o processo de raciocínio) e é aplicável através da dedução lógica a áreas específicas como finanças, logística, gerência de projetos, administração de pessoas, estratégia, vendas, marketing e produção.
A TOC oferece princípios, idéias, ferramentas e processos para ajudar a responder 3 perguntas fundamentais:
1.O que mudar?
2.Para o que mudar?
3.Como causar a mudança?
Um dos primeiros passos nesse processo é descrever, através de um desenho simples, os principais sintomas percebidos de uma situação problemática e as suas causas aparentes. O benefício de se fazer isso é que fica muito mais fácil estabelecer relações entre causas e efeitos. E uma vez feito isso, o foco pode ir para a resolução dos pontos que causariam maior mudança positiva, se mudados.
A técnica da combinação da produção denominada tambor-pulmão-corda forma um ritmo a toda linha de produção. O tambor, principal recurso restritivo, dita o ritmo da produção. O pulmão são os estoques temporários colocados estrategicamente para o abastecimento ser contínuo. A corda obriga os demais componentes do sistema a manter o ritmo determinado pelo tambor. Segundo Goldratt na TOC a palavra chave deixa de ser gargalo e passa a ser restrição, a qual é definida como qualquer coisa que limita o sistema na busca do atingimento de sua meta.
A TOC sustenta que é essencial focalizar os esforços de melhoria no elo mais fraco da corrente, pois é ele que determina o desempenho global do sistema em estudo. Qualquer iniciativa de tentar melhorar outros elos que não o mais fraco não trará benefícios sistêmicos, e mesmo os potenciais benefícios locais poderão ameaçar a meta global.
De acordo com a TOC, toda organização tem - em um dado momento no tempo - pelo menos uma restrição que limita a performance do sistema (a organização em questão) em relação à sua meta. Essas restrições podem ser classificadas como restrições internas e restrições externas, ou de mercado. Para gerir a performance do sistema, a restrição deve ser identificada e administrada corretamente (de acordo com os 5 passos de focalização, mostrados abaixo). Ao longo do tempo a restrição pode mudar (porque a restrição anterior foi solucionada com sucesso ou por mudanças no ambiente de negócios) e a análise recomeça.

5 Passos de Focalização que fundamentam um processo de melhoria contínua:
1. IDENTIFICAR a restrição;
2. DECIDIR como EXPLORAR a restrição;
3. SUBORDINAR tudo à decisão acima;
4. ELEVAR a restrição;
5. SE a restrição for quebrada, VOLTAR ao início, mas não deixar que a INÉRCIA crie uma restrição.

Referência: Wikipedia