
Achei pertinente publicar em meu blog este artigo sobre neologismo por perceber que tem muita gente que confunde neologismos com erros ortográficos; pois são coisas muito diferentes.
Neologismo - Podemos criar novas palavras quando quisermos?
Por Sabrina Vilarinho
Neologismo é uma nova palavra criada na língua. Geralmente, ocorre quando o indivíduo quer se expressar, mas não encontra a palavra ideal, com o significado desejado.
Normalmente, a mídia traz perspectivas linguísticas diferenciadas dos vocábulos, principalmente na adição de sufixos e prefixos aos vocábulos, como em vietnização. A “linguagem das ruas”, ou melhor, dos grupos sociais, já é caracterizada pelo surgimento de novos termos nunca vistos antes ou influenciados por outros, mas que por si sós possuem um significado, é o caso das gírias.
A neologia do português existe porque a língua é viva, ou seja, é passível de mudanças constantes que podem vir a ser determinantes. Neste último caso, o neologismo criado passa a ser incorporado no dicionário de determinado idioma.
Existem três tipos de neologismo: o semântico, o lexical e o sintático.
O semântico é quando a palavra já existe, mas ganha uma nova conotação, um novo significado: Estou a fim de Fulano. (estou interessado). Beltrano, não vai dar, deu zebra. (algo não deu certo). Vou fazer um bico. (trabalho temporário).
O lexical é quando uma nova palavra e um novo conceito são criados: dibobis (tranquilo), furunfá (ter relação), catilanga ( mulher feia), etc.
O lexical ainda pode ser quando incorporamos letras a uma palavra que já existe: lambuzão (pessoa que se lambuza demais), abobado (aquele que é “bobo”, sonso), internetês (a língua da internet), fubazento (que provém de fubá, e quer dizer homem sem graça e feio), etc.
Já o sintático, é quando a expressão ou frase tem um significado específico: De cabo a rabo (do começo ao fim), Fazer um furo (noticiar primeiro), Fazer cera (fingir que trabalha), Fogo no rabo (excitado), etc.
O neologismo pode ser usado, desde que na fala, porque é próprio dela. Portanto, é certo criar palavras, desde que a pessoa tenha bom senso de saber onde e quando usar.
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